quarta-feira, 27 de maio de 2009

TRABALHANDO A MÚSICA EM SALA DE AULA

Para se trabalhar com música em sala de aula, é importante que tanto o professor como os alunos tenham noção dos elementos fundamentais de composição das músicas: a letra e a sonoridade. A partir daí, você terá inúmeras alternativas para trabalhar:

1. Ter clareza de que a música provoca uma expressão corporal espontânea, que pode ser aproveitada pela criança para o desenvolvimento e a consciência do próprio corpo.

2. Antes de colocar a música para seus alunos, procure fazer uma atividade de levantamento de hipóteses. Uma boa alternativa é dizer o título da música e deixar que eles digam o que será tratado na letra.

3. É importante que você estude com seus alunos a estrutura textual das músicas, composta de versos e estrofes. Não deixe de caracterizar o refrão. Ah! Também é bom lembrar de desenvolver a percepção sonora das crianças.

4. Conhecer o autor da música e sua biografia é essencial para o trabalho e, se possível, conhecer as condições em que a música foi produzida são informações que facilitarão o seu entendimento, sempre relacionando com o objetivo da sua aula, bem como o objetivo da utilização do recurso-música.

5. As letras das músicas são excelentes temas geradores. Procure trabalhar os seus significados, pois as boas músicas podem se relacionar com inúmeras coisas.

6. É fundamental definir, com seus alunos, conteúdos que serão estudados a partir da música ou para compreendê-la, e isso inclui pesquisa, demanda e empenho para encontrar as informações.

7. Fazer com que todos os alunos coloquem as relações que conseguiram estabelecer a partir da música é essencial, porque é nessa hora que eles perceberão as diferentes interpretações.

8. Procurar pesquisar e trabalhar outros tipos de textos que envolvam o mesmo assunto tratado pela música é uma forma de desenvolver a competência intertextual e ajuda o aluno a estabelecer o seu conhecimento de mundo, ou seja, as relações metalingüísticas.

9. Reescrever a música em outro tipo de texto ou representação plástica (desenho, pintura, escultura, etc.) também é uma boa saída para verificar se ela foi bem compreendida pelo aluno ou não.

Vamos exercitar?

Para você que é professor, como você trabalharia a música de Gabriel o pensador “Estudo Errado” com seus alunos?

Segue a letra:

Estudo Errado

Gabriel Pensador

Composição: Gabriel, O Pensador

Estudo Errado - Gabriel O Pensador
Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada

Refrão

Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim vocês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

Juquinha você tá falando demais assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!
Mas é só a verdade professora!
Eu sei, mas colabora se não eu perco o meu emprego.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A ARTE DE REDUZIR CABEÇAS - Mensagens Subliminares

A DESSIMBOLIZAÇÃO COMO:

VENAL

Valor bancário

Dinheiro / Lucro

Consumo e criminalidade

GERACIONAL

Falta de escola e perspectiva de inserção social

Delinquencia e consumo de drogas

NIILISTA

Paralisia e descrença

Aculturação e homogeneização

EROTIZAÇÃO INFANTIL E SATANIZAÇÃO

Maturação precoce

Bombardeio hormonal

Gravidez recorrente

Pedofilia e violência sexual

"Satanizar" símbolos trazendo um significado ruim


A MÚSICA COMO UM RECURSO DIDÁTICO



O QUE SE ENTENDE POR MÚSICA?


A música sempre esteve associada às tradições e às culturas de cada época.
Ela tráz a possibilidade de uma escuta simultânea de toda produção mundial através de discos, fitas, rádio, televisão, computador, jogos eletrônicos, cinema, publicidade, etc.


A MÚSICA NO PCN


“Qualquer proposta de ensino que considere essa diversidade precisa abrir espaço para o aluno trazer música para a sala de aula, acolhendo-a, contextualizando-a e oferecendo acesso a obras que possam ser significativas para o seu desenvolvimento pessoal em atividades de apreciação e produção.” PCN


A MÚSICA E A ARTE NA SALA DE AULA


O desenvolvimento tecnológico aplicado às comunicações vêm modificando a forma como os alunos observam a diversidade permitindo a construção de hipóteses sobre o lugar de cada obra no patrimônio musical da humanidade, aprimorando sua condição de avaliar a qualidade das próprias produções e as dos outros.
A arte será um meio pelo qual esses alunos irão expressar todo o seu conhecimento de mundo.


INSTRUMENTO PEDAGÓGICO

AS VÁRIAS LINGUAGENS

1. Composições, improvisações e interpretações são os produtos da música.


2. Comunicação e expressão em música: interpretação, improvisação e composição


3. Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical


4. A música como produto cultural e histórico: música e sons do mundo


ELEMENTOS MUSICAIS


Ritmo - combinação de sons e silêncios ,Compasso ou cadência - sucessão de acordes que indica a harmonia, Melodia - conjunto de sons sucessivos que forma uma ou mais frases musicais.
Notas musicais - sinal para representar o som e sua duração.
Escalas musicais - série de notas dispostas na ordem natural de sons ascendentes ou descendentes.

POR QUE USAR A PROPAGANDA EM SALA DE AULA?

O uso da TV na sala de aula não inclui apenas as novelas, os documentários e os telejornais, mas também as propagandas. Então, como trabalhá-las?
Sabemos que as propagandas têm a finalidade de estimular o consumo, mas ao serem trabalhadas em sala de aula podem ser analisadas criticamente por meio da intervenção do professor, questionando os valores consumistas, ou seja, que idéias elas passam ao telespectador ao adquirirem o produto, além de levantar indagações a respeito da necessidade de comprar, também questionar a credibilidade das informações transmitidas pelas propagandas, como por exemplo: será que é necessário o indivíduo trocar o aparelho celular a cada lançamento? ou será que os produtos de beleza realmente têm o efeito anunciado?
Devemos usar um planejamento adequado, para que se possa desfrutar as vantagens que as propagandas em sala de aula possam proporcionar: um instrumento interessante e criativo que mobiliza a atenção dos alunos; aulas mais dinâmicas; leitura e compreensão de uma maior variedade de textos; discutir os valores consumistas, as desigualdades sociais, os padrões de beleza, questões de gênero, raça; entre outras vantagens.
Então, as propagandas podem ser usadas na sala de aula para introduzir ou aprofundar conteúdos e para debater valores e comportamentos, como também serem trabalhadas em qualquer disciplina ou em uma perspectiva interdisciplinar, refletindo sobre as possibilidades de interpretação de textos, que vão além da estrutura sintática (reconhecimento de interlocutores, associação entre texto e imagem).

COMO UTILIZAR O CINEMA NA SALA DE AULA?



A relação dos alunos com a obra depende, fundamentalmente, da orientação do professor, antes, durante e depois da exibição do filme.
É necessário que o docente tenha a consciência de que ver não significa saber. Assim, o primeiro contato dos alunos com a obra apresentada poderá ser de forma “alienada”, ou seja, uma visão acrítica e ingênua. A partir da intervenção do professor é que os alunos irão explorar uma visão mais crítica, investigando os múltiplos sentidos transmitidos pelo filme.

O QUE FAZER ANTES DA EXIBIÇÃO DO FILME?

O professor pode fornecer os dados referenciais do filme, trabalhar o panorama geral e, principalmente, é fundamental que o docente analise o filme antes de exibi-lo, não só para verificar se o filme está com algum problema na exibição, mas também para fazer uma última avaliação.

DURANTE...

Pode-se pausar (ou não) as cenas para fazer comentários, destacando os pontos que exigem uma maior atenção dos educandos.

E DEPOIS...

Organizar um debate em pequenos grupos para que haja uma troca de idéias. Analisar criticamente relacionando com os conteúdos trabalhados em sala, e não esquecer de fazer uma síntese final, afim de sondar se os objetivos propostos foram atingidos.
Dessa forma, é preciso que o professor seja um mediador e que esteja preparado para explorar um filme colocado à disposição de seus alunos, para que o filme ganhe sentido didático e propicie o aprendizado.

O CINEMA NA SALA DE AULA





Desde os primórdios da produção cinematográfica, a indústria do cinema foi considerada, inclusive pelos próprios produtores e diretores, um poderoso instrumento de educação e instrução.
Quando o professor traz novas interlocuções com os recursos tecnológicos, procurando integrar, de forma criativa e inovadora, os diferentes espaços dentro da sala de aula, tem-se a possibilidade de mostrar um conteúdo que pode e deve ser reelaborado, flexibilizando no currículo uma aprendizagem bastante proveitosa.
Assim, o cinema pode ser uma ferramenta ativa na prática docente, mas é preciso que o professor demonstre clareza nos objetivos traçados, mantendo uma relação do filme utilizado com os conteúdos trabalhados em sala de aula.
O filme pelo filme não conduz à aprendizagem, esse não pode substituir o professor, mas, sim, auxiliá-lo a ampliar a capacidade de entrelaçar temas no espaço e no tempo, viabilizando interpretar o saber escolar e o saber do mundo.

A TELEVISÃO NA SALA DE AULA COMO RECURSO DIDÁTICO-TECNOLÓGICO



Usar ou não usar a televisão em sala de aula? E de que formar usá-las como recurso didático-tecnológico?
Para respondermos a essas perguntas é preciso considerar o fato da televisão e de diversos outros meios de comunicação audiovisuais serem bastante presentes na vida dos estudantes, sendo relevante a participação da televisão na educação das pessoas. Assim, muitos dos conhecimentos que os alunos trazem para a escola são oriundos das informações transmitidas pela programação da TV.
Então, a escola não deve ignorar a participação da televisão na educação dos alunos, uma vez que a TV exerce forte influência na formação afetiva, social e cognitiva dos educandos. Além disso, este recurso tecnológico com suas imagens e sons prendem a atenção das crianças e adolescente.
A inclusão da discussão da televisão na sala de aula permite que o aluno possa fazer leituras de diversos textos de circulação social (aprender a ler, escrever e discutir os efeitos sociais de diferentes textos). Deste modo, o papel do professor é bastante importante na criação de condições para interpretar as informações, possibilitando a interação do aluno com a linguagem da televisão e produzindo modos diferenciados de construção crítica do pensamento. Assim, a escola cumpre a função de facilitadora do diálogo entre a televisão e os estudantes.

DOCUMENTÁRIO NA EDUCAÇÃO

         O desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação tem possibilitado a expansão das informaçoes em tempo real, permitindo a sociedade estabelecer um vínculo entre a notícia e os acontecimentos gerados no dia-a-dia.
         A educação não poderia ficar à margem desta revolução tecnológica, que tanto contribui para o bem-estar do indivíduo inserido na sociedade, desde que estes recursos sejam usados racionalmente.
        O documentário é um destes recursos tecnológicos que inseridos nas escolas, dará uma contribuição significativa na formação dos alunos e permitirá ao professor ampliar os seus horizontes de conhecimento, uma vez que, a elaboração de um vídeo-documentário, exige antes de tudo, pesquisa de campo e estudo para uma melhor elaboração do tema  a ser explorado.
        A singularidade do documentário, está no fato de que, o tema a ser debatido, embora seja de livre escolha, são fatos reais, fatos do cotidiano, exigindo do professor sensibilidade ao escolher um tema que possa ser construtivo para a educação dos alunos. Esta tarefa de construção de documentário, exige imparcialidade e distanciamento por parte do professor, pois, ao se abordar temas polêmicos tais como: politica e religião, por exemplo, a individualidade do adolescente deve ser respeitada. No entanto, quando se trata de temas cordiais, como por exemplo: futebol, música, artes, o ambiente fica mais amistoso e alegre, devido ao fato, de estes assuntos serem mais universais. Portanto, o documentário permite ao aluno estar mais próximo da realidade em que vive, e, ao conhecer esta, fazer uso da sua capacidade de discernimento e disposição jovial, ele terá possibilidade de contribuir satisfatoriamente no meio em que vive, criando assim, uma atitude responsável e revolucionária.
       Na construção cognitiva do indivíduo, as imagens tem importância capital em sua formação moral, em sua conduta e em sua maneira de agir e pensar, logo, o uso do documentário é um meio tecnológico indispensável na sala de aula.